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O dia em que Monte Cook mudou a história do RPG com Pathfinder

Prepare-se para uma viagem no tempo, onde a genialidade de um designer e a coragem de uma comunidade se entrelaçaram para redefinir o que co...

Prepare-se para uma viagem no tempo, onde a genialidade de um designer e a coragem de uma comunidade se entrelaçaram para redefinir o que conhecemos como Dungeons & Dragons e pavimentar o caminho para um novo gigante: Pathfinder.

O dia em que Monte Cook mudou a história do RPG com Pathfinder

Parece um paradoxo, não é? Monte Cook, um dos cérebros por trás do Dungeons & Dragons 3ª Edição, e Pathfinder, o sistema que se tornou o maior rival da Wizards of the Coast. Mas a verdade é que o 'dia' em que Monte Cook 'mudou a história do RPG com Pathfinder' não foi um evento único onde ele assinou um contrato com a Paizo. Foi um processo, um efeito borboleta que começou com uma de suas maiores contribuições à indústria: a Open Game License (OGL).

Quando D&D 3ª Edição foi lançado no ano 2000, com Monte Cook, Jonathan Tweet e Skip Williams no comando criativo, ele trouxe consigo não apenas um sistema de regras mais coeso e moderno, mas também a revolucionária OGL. Esta licença pública permitia que qualquer editora criasse e publicasse material compatível com o sistema d20 de D&D, desde que seguisse certas diretrizes. O objetivo era impulsionar a criatividade da comunidade e expandir o universo D&D. E funcionou. Incontáveis suplementos, cenários e até novos sistemas surgiram, alimentando uma era dourada de inovação.

Avançamos alguns anos. A Wizards of the Coast, percebendo a saturação do mercado e buscando inovar, decide lançar a 4ª Edição de D&D em 2008. Esta nova edição foi uma ruptura drástica com suas antecessoras, apresentando uma filosofia de design mais tática e 'poderes' que remetiam a jogos de cartas colecionáveis e videogames. Muitos jogadores veteranos, acostumados com a flexibilidade da 3.5e (uma versão revisada da 3ª Edição que se tornou incrivelmente popular), sentiram-se alienados. A OGL da 4ª Edição também era mais restritiva, sufocando a comunidade de criadores independentes.

É aqui que a Paizo Publishing, até então editora oficial das revistas Dragon e Dungeon sob licença da Wizards, entra em cena. Com o fim de seus contratos e a insatisfação da base de jogadores de 3.5e, eles viram uma oportunidade. Utilizando a OGL original da 3.5e – aquela que Monte Cook e sua equipe haviam criado e tornado tão acessível – a Paizo começou a desenvolver o Pathfinder Roleplaying Game. Liderados por Jason Bulmahn, eles decidiram refinar e expandir a 3.5e, corrigindo falhas percebidas e adicionando novas camadas de profundidade, tudo sob a bandeira da compatibilidade total com o legado d20.

O resultado foi um sucesso estrondoso. Pathfinder não apenas preencheu o vácuo deixado pela 4ª Edição, como também criou um nicho vibrante, atraindo não só os insatisfeitos com o novo D&D, mas também novos jogadores. Ele se tornou, por um tempo, o RPG de fantasia mais vendido, provando que a comunidade de jogadores valorizava a evolução contínua de um sistema familiar. Monte Cook, que já havia deixado a Wizards e estava envolvido em outros projetos (como Numenera e o Cypher System), assistia de longe a um dos maiores legados de seu trabalho se desdobrar.

Para nós, mestres, a ascensão de Pathfinder é uma lição poderosa sobre a importância de ouvir sua mesa. A Paizo prosperou porque entendeu o que uma parcela significativa de jogadores queria e não queria. Como mestres, devemos estar atentos ao feedback, às preferências e até às frustrações dos nossos jogadores. Uma campanha que ressoa com o grupo é uma campanha memorável. Não hesite em adaptar, modificar ou até mesmo mudar de sistema se isso significar uma experiência mais rica para todos na mesa.

A OGL, o catalisador para Pathfinder, nos ensina sobre o poder da 'abertura'. Em suas mesas, encoraje o homebrew, a criatividade dos jogadores na construção de seus personagens, magias, ou até mesmo pequenas tramas. Um sistema não precisa ser rígido; ele pode ser uma tela para a sua imaginação e a de seus jogadores. Permita que as regras sejam ferramentas para a narrativa, não grilhões. Se Monte Cook nos ensinou algo com a OGL, é que dar liberdade pode gerar algo grandioso e inesperado.

Assim, embora Monte Cook não tenha empunhado a caneta para escrever as regras de Pathfinder, seu trabalho seminal com a OGL em D&D 3ª Edição foi o ponto de ignição. Ele forneceu o mapa e a permissão para que outros, como a Paizo, pudessem criar um novo caminho quando o antigo se desviava. Foi um dia, ou melhor, uma era, em que as sementes plantadas por um mestre visionário floresceram de maneiras que ele talvez nunca tenha previsto, mudando para sempre a paisagem do RPG de mesa.

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