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Curiosidade de RPG: o lançamento da OGL (Open Game License) nos anos 2000, Margaret Weis e o impacto em Shadowrun

O lançamento da Open Game License (OGL) nos anos 2000 revolucionou o mundo do RPG de mesa, mas poucos se lembram que sua influência quase tr...

O lançamento da Open Game License (OGL) nos anos 2000 revolucionou o mundo do RPG de mesa, mas poucos se lembram que sua influência quase transformou radicalmente um dos universos cyberpunk mais amados, e o papel que uma figura lendária como Margaret Weis poderia ter desempenhado nesse cenário.

Curiosidade de RPG: o lançamento da OGL (Open Game License) nos anos 2000, Margaret Weis e o impacto em Shadowrun

Imagine um terremoto de proporções épicas no mundo dos TTRPGs: essa foi a chegada da OGL e do sistema d20 em 2000, acompanhando o D&D 3ª Edição. A Wizards of the Coast, numa jogada audaciosa, liberou as regras básicas de seu carro-chefe para que qualquer um pudesse criar e publicar conteúdo compatível. Foi uma explosão de criatividade! Pequenos editores, designers independentes e até gigantes da indústria mergulharam de cabeça, gerando um ecossistema vibrante e uma enxurrada de novos jogos e suplementos.

A "Febre d20" não tardou a se espalhar. Com a promessa de um público vasto e a facilidade de criação (já que as mecânicas centrais eram dadas), muitas empresas de RPG começaram a cogitar adaptar seus próprios jogos para o sistema d20. A ideia era atrair jogadores de D&D para outras ambientações, usando uma linguagem mecânica familiar. Era uma estratégia de mercado poderosa, mas carregava um risco imenso: a perda da identidade.

Nesse turbilhão, uma das franquias mais icônicas estava em transição: Shadowrun. Após a FASA Corporation vender a licença para a WizKids, e mais tarde esta passar para a Fantasy Productions (FanPro), a comunidade aguardava ansiosamente a 4ª Edição. A grande questão que pairava nos fóruns e nas mesas de jogo era: Shadowrun 4 seria baseado no sistema d20 OGL? A mera ideia causava arrepios em veteranos e curiosidade em novatos.

E é aqui que o nome de Margaret Weis entra na narrativa, ainda que de forma um tanto indireta, mas significativa. Margaret Weis, através de sua editora (primeiro Sovereign Press, depois Margaret Weis Productions - MWP), era uma das maiores e mais respeitadas publicadoras de material d20 licenciado. Com sucessos como o relançamento de Dragonlance no formato d20 e o robusto sistema d20 Modern, a MWP era sinônimo de excelência e abrangência dentro do paradigma OGL. Se a FanPro tivesse optado pelo d20 para Shadowrun, seria quase impossível imaginar uma colaboração ou uma influência menor de grandes players como a MWP no desenvolvimento ou nos suplementos de um Shadowrun d20, dada sua expertise e peso no mercado.

O "E se..." dessa história é fascinante para qualquer mestre. Como seria Shadowrun com um sistema d20? Provavelmente perderia seus icônicos pools de dados, a complexidade granular de atributos e habilidades, e talvez até a nuance de sua magia e hacking na Matriz, tudo aquilo que dava ao jogo sua textura única. O risco era trocar a profundidade e a peculiaridade de sua mecânica por uma acessibilidade que poderia, ironicamente, diluir sua própria essência.

Felizmente para os fãs de longa data, e para a própria identidade do jogo, a FanPro tomou a decisão crucial de não seguir o caminho d20. A 4ª Edição de Shadowrun foi lançada com uma versão revisada de seu sistema de dados customizado, preservando o DNA que o tornava único. Foi uma vitória da identidade do jogo sobre a conveniência de um sistema genérico, um momento que mostra a importância de um sistema de regras que realmente serve à sua ambientação.

Dica de Mestre: A Alma do Sistema. Esta história nos lembra que as mecânicas de um jogo não são meros números; elas são parte integrante da experiência narrativa. Ao escolher ou adaptar um sistema, pergunte-se: ele reforça o tom e o estilo da sua campanha? As escolhas de regras de Shadowrun, por exemplo, enfatizam o caos, a probabilidade e a dependência de tecnologia e habilidades combinadas. Não sacrifique a "alma" do seu jogo por uma aparente facilidade ou popularidade. Entender isso te dará ferramentas para escolher sistemas que realmente potencializem suas histórias.

Dica de Mestre: Adaptação com Propósito. Embora a FanPro tenha decidido não abraçar o d20 por completo, o espírito da OGL – de criar e compartilhar – é vital. Para a sua mesa, isso significa que você não precisa reinventar a roda, mas deve ser seletivo. Use e abuse de material de terceiros ou de licenças abertas para enriquecer seu jogo, mas sempre adaptando-o para que ele sirva à visão da sua mesa. Considere a compatibilidade temática e mecânica, e não tenha medo de misturar e combinar, desde que a essência do seu mundo permaneça intacta. O objetivo é sempre aprimorar, não descaracterizar.

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